22 de agosto de 2017

Corrida, minha droga favorita


Esse domingo fui correr, como todos os outros. E fiquei refletindo o que a corrida representa pra mim.
E percebi que ela representa mais que um exercício físico.
Um exercício pra mente e pra alma.
Refleti do porquê eu gostar de correr tanto aos domingos. 
Além da academia não abrir domingo (tá, até abre, mas das 09h às 12h daí fica restrito), o domingo encerra a semana e inicia uma nova. E tudo precisa estar em ordem para uma nova semana.
Nela, as angústias escorrem com o suor.
Os medos saem pelos poros.
As incertezas dilatam as narinas que buscam mais ar pra poder manter o ritmo, pra poder manter a calma, pra poder manter o foco.
O que tem de ruim guardado em ti fica pra trás, naquela pedra que tu desviou, naquela curva que tu deu.
A luta mental de “falta só mais uma volta” se debate com as lutas dos problemas cotidianos, e correr acaba não se tornando mais nenhum sacrifício, pelo contrário: espera-se os dias das corridas para poder deixar no asfalto todos os dilemas carregados durante a semana.
Quanto mais problemas novos surgem, maior a vontade de correr. É uma válvula de escape.

Nas quartas eu corro na esteira.
Mas a esteira não é a mesma coisa que a rua.
A esteira é uma máquina, parada no mesmo lugar, de frente pra uma TV. Ela serve pra treinar o físico e o psicológico pra corrida de domingo. Além de acalmar os nervos por passar tantos dias sem correr.
Já que a corrida é minha droga.
Meu maior vício.
Saber que ficarei 1 semana sem poder correr me deixa muito triste, e faço de tudo pra mudar essa realidade. Corro com chuva, doente, com frio..mas ficar sem correr me deixa mais doente.
A sensação é tão boa que pensar em ficar sem ela é desanimador.

Além disso é na corrida que me conecto com Deus, com a natureza.
Pra alguns é preciso estar em uma igreja, ou na frente de uma imagem. Pra mim é correndo.
Correr e olhar os pássaros, as árvores, passar por uma folha no asfalto. É a forma que agradeço por minha vida, minha saúde e minhas pernas. Por ter oxigênio entrando em meus pulmões, e por poder estar ali naquele momento.
As pessoas deveriam valorizar mais isso.
Que têm saúde, que têm pernas.
Ao invés disso, se envenenam na frente da TV, comendo mal e não praticando nenhum tipo de atividade física. Isso sim deve ser um insulto a Deus.

Esse texto não tem nenhuma lição de moral e nenhum final.
Até porque não pretendo parar de correr.
Então essa história vai se prolongar…

Só queria deixar registrado no blog pra ver daqui uns anos quantos km estarei correndo.
E também porque faz tempo que não escrevo.

Comecei a correr cerca de 6 anos e com o tempo só tenho melhorado a distância e tempo.
Atualmente corro cerca de 12km por semana ( + - 6km por corrida), em um tempo médio de 32min por corrida.
Espero melhorar.